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quinta-feira, 16 de abril de 2009

lamia, empulsai, baobhan sith





Os antigos gregos temiam criaturas semelhantes, notavelmente a Lamia, um demônio com cabeça e torso de mulher e parte inferior do corpo de cobra. Em uma versão da lenda, Lamia era uma das amantes mortais de Zeus. Com muita raiva e ciúmes, a esposa de Zeus, a Deusa Hera, enlouqueceu Lamia, fazendo com que ela comesse todos os seus filhos. Quando Lamia percebeu o que tinha feito, ficou tão furiosa que se transformou em um monstro imortal, sugando o sangue de crianças por ter ciúmes de suas mães. Os gregos temiam também as empusai, as filhas maliciosas de Hecate, a Deusa da bruxaria. As empusai, que mudavam de forma, vinham de Hades (o mundo subterrâneo) à noite na forma de belas mulheres. Elas seduziam pastores nos campos e, em seguida, os devoravam. Uma criatura semelhante, o baobhan sith, aparece no folclore Celta. Figuras vampirescas possuem também uma longa história na mitologia da Ásia. O folclore indiano possui alguns personagens assustadores, incluindo o rakshasa, que caçava crianças e os vetala, demônios que se apoderavam de corpos recentemente falecidos para levar a destruição aos vivos. No folclore chinês, os cadáveres saíam dos túmulos e caminhavam entre os vivos. Esses k'uei foram criados quando o p'o (espírito inferior) de uma pessoa não passava para o pós-vida no momento de sua morte, geralmente devido ao mal comportamento durante a vida. O p´o, com raiva de seu terrível destino, reanimava o corpo e atacava os vivos à noite. Um tipo particularmente vicioso de k'uei, conhecido como Kuang-shi (ou Chiang-shi), voava e assumia formas diversas. O Kuang-shi era coberto de pêlos brancos, tinha olhos vermelhos e brilhantes e mordia suas vítimas com presas afiadas. Uma origem física mais provável para o vampirismo é a catalepsia, uma condição física peculiar associada à epilepsia, esquizofrenia e outras desordens que afetam o sistema nervoso central. Durante um episódio cataléptico, a pessoa congela: os músculos tornam-se rígidos, por isso o corpo fica muito rígido e as taxas de batimentos cardíacos e a respiração diminuem. Uma pessoa que sofre de catalepsia aguda pode muito bem ser confundida com um cadáver. Hoje, os médicos têm conhecimento e ferramentas para determinar com precisão se uma pessoa está viva ou não, mas no passado isso era decidido com base na aparência. O embalsamento era desconhecido na maior parte do mundo até pouco tempo atrás, portanto os corpos eram colocados diretamente nos túmulos. Um episódio cataléptico pode durar horas, até mesmo dias, tempo suficiente para um funeral. Quando a pessoa acordava, poderia ser capaz de se desenterrar e voltar para casa. Se a pessoa sofria mesmo de problemas psicológicos, tais como esquizofrenia, ela poderia ter apresentado o comportamento estranho associado aos vampiros. O comportamento de cadáveres reais também pode ter sugerido o vampirismo. Após a morte, as unhas e os cabelos pareciam continuar a crescer devido a refluxos de pele, que podem dar a impressão de estarem vivos. Os gases do corpo se expandem, aumentando o abdômen, como se o corpo tivesse se alimentado. Se um corpo em decomposição fosse movido, este poderia muito bem romper-se, drenando todos os tipos de fluidos. Isso pode ter sido tomado como evidência de que o corpo se alimentava dos vivos. Enquanto essas condições podem ter aumentado o medo dos mortos-vivos, as origens dos vampiros são provavelmente mais psicológicas do que físicas. A morte é um dos aspectos mais misteriosos da vida e todas as culturas se preocupam com ela de alguma forma. Uma maneira de manipular a morte é personificá-la e atribuir-lhe uma forma. Em suas origens, Lamastu, Lilith e outros vampiros antigos semelhantes são explicações para um mistério terrível, a morte súbita de crianças e fetos no ventre. Os strigoi e outros cadáveres animados são os símbolos final da morte: são os reais restos dos mortos.
LAMASTU
LILITH


Ninguém sabe quando foram inventadas as primeiras figuras vampirescas, mas as lendas datam de pelo menos 4 mil anos, com os antigos assírios e babilônios da Mesopotâmia. Os mesopotâmicos temiam Lamastu (também soletrado como Lamashtu), uma demônia que caçava humanos. Na lenda assíria, Lamastu, filha do Deus do céu Anu, entrava numa casa à noite e roubava ou matava bebês em seus berços ou no próprio ventre materno. Acreditava-se que as mortes de crianças e os abortos eram causados por ela. Lamastu, que se traduz como "a que apaga", também caçava adultos, sugando o sangue de jovens rapazes e trazendo doenças, esterilidade e pesadelos. Ela é freqüentemente descrita como tendo asas e garras de pássaro e, às vezes, com cabeça de leão. Para se proteger da Lamastu, as mulheres grávidas usavam amuletos que descreviam Pazuzu, um outro Deus do mal que certa vez a derrotou. Lamastu é associada a Lilith, uma figura proeminente em alguns textos Judeus. Os registros sobre Lilith variam consideravelmente, mas nas versões mais notáveis da história, ela era a mulher original. Deus criou Adão e Lilith a partir da Terra, mas logo apareceram os problemas entre eles. Lilith se recusou a obedecer Adão, já que ela veio do mesmo lugar que ele. Em uma versão antiga da lenda, Lilith deixou o Éden e começou a ter seus próprios filhos. Deus enviou três anjos para trazê-la de volta e quando ela se recusou, eles prometeram que matariam 100 de seus filhos todos os dias até que ela retornasse. Lilith, em troca, jurou destruir crianças humanas. Acredita-se que os registros de Lilith como uma matadora de crianças foram tirados diretamente da lenda da Lamastu. Ela é freqüentemente descrita como um demônio alado com garras afiadas que aparecia à noite, principalmente para roubar crianças e fetos. Muito provavelmente, os Judeus assimilaram a figura de Lamastu em suas tradições, mas é possível também que ambos os mitos tenham sido inspirados por uma terceira figura. Ao mesmo tempo que é descrita como uma criatura aterrorizante, Lilith tem também qualidades sedutoras . Os antigos Judeus acreditavam que ela aparecia para os homens à noite como um sucubo.








Isto não é um poema é um dilema.
Umas gotas de sangue poriam fim ao tema
Como sei que não me dará, me excito ao pensar.
Em a força tirar.
Quero! E quando quero eu me esmero.
Pelo inicio metido já deu pra perceber que
Sou um caído
Porque calar se posso falar até de Barrabás?
O sabor do pecado escorre melado em meus lábios calejados.
O cão negro ao uivar me lembra meu paladar.
Que não aceita qualquer caviar.
Comida de restos
Para humanos incestos.
O meu dilema tem também como tema
O mundo e todo seu sistema.
Não falo de democracia, aristocracia ou toda essa porcaria.
Falo da divindade alada, jocosa, silenciosa e prestimosa.
Falo dos lados em que essa divindade pode assentar-se.
Quanto sangue tem em seu corpo?
Caberia em um copo?
Se couber eu troco.